04-12-2013[18:33:42
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Tahiza e Thyago Stein com o material que será entregue para os atletas antes de domingo (Foto: Reprodução / RPCTV) |
O Coritiba só depende de si mesmo para fugir da Série B no ano que vem. Só que forças externas são usadas para motivar o elenco, além de recursos religiosos, conforme a orientação de cada jogador. Entre o grupo, a ala cristã se apega nas orações e rezas, enquanto trabalham para o confronto de domingo contra o São Paulo.
Um exemplo foi o técnicoTcheco. Durante a vitória sobre o Botafogo por 2 a 1, no final de semana passado, o treinador interino ficou junto com uma imagem da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. O santinho foi um presente de uma torcedora que já virou símbolo dentro do clube.
A função de Tahiza do Carmo Stein é ajudar o Coritiba de uma forma caseira e manual. Por amor ao clube, ela conta com a ajuda do filho Thyago Stein para produzir cartazes de incentivo que são entregues para os jogadores antes de cada jogo. O gesto já se repete desde o início da década passada e se tornou tradição.
O cartaz conta com recortes de jornais e notícias sobre o Coritiba, buscando motivar o elenco, que são lembrados com frases de efeito e recados da dupla coxa-branca.
- Tudo começou com uma carta de incentivo para o (Roberto) Brum. Depois, cada jogo fazíamos uma cartinha para cada jogador. Um dia a psicóloga do clube deu a ideia de fazer um cartaz, pois sempre seria uma coisa diferente - contou a tia Tahiza, forma como é conhecida entre os jogadores.
A diferença é que no último domingo, mãe e filho resolveram presentear Tcheco com a medalha. Thyago foi até a concentração do Coritiba no início da tarde e entregou para um segurança do Coritiba, que repassou o presente para o treinador.
- Eu sempre mando uma medalha para os técnicos, mas para ele foi especial, pois ele é um amigo. Conheço a família do Tcheco e a mãe dele. Era uma forma da gente se aproximar dele entregando a medalha. Uma forma de estar perto dele. Ele é um guerreiro e vai conseguir, além do time - completou a mãe.
Tcheco retribuiu o carinho da dupla coxa-branca e se apegou mais ainda ao espírito de fé durante o confronto contra o Botafogo. Para o treinador, é importante fazer o seu trabalho, mas se aliar a na religião para dar mais força.
- Ela me mandou, já conheço ela bem. Como sou devoto da Perpétuo Socorro e Nossa Senhora Aparecida, achei por bem ficar do meu lado, pois eu sei que é de coração e com muita fé. Acho que nestes momentos é importante se aliar na religião e na fé, pois vale a pena - completou.
Tcheco é ídolo de Thyago, que acompanhou a carreira do ex-capitão
Além do trabalho manual de motivação, a família Stein tem uma história ligada ao Coritiba desde cedo. Com oito anos, Thyago perdeu o pai, companheiro fiel na hora de ir para o Estádio Couto Pereira. A mãe só criou coragem de levar o filho novamente para o Alto da Glória seis anos depois. O contato com os jogadores se tornou uma rotina e Tahiza virou uma torcedores mais fanática que o filho.
- Eu criei coragem, pois todo mundo dizia que o estádio era perigosa, que só tinha briga. O Thyago não tinha companhia para ir, pois o pai dele tinha falecido. Hoje, ele às vezes fica em casa e eu vou para o estádio. Fiquei mais fanática, pois fiz amizades - contou.
O retorno para a arquibancada foi em 2002, na mesma época que Tcheco começou a jogar pelo Coritiba. A raça e vontade em campo encantou o menino, que passou a idolatrar o meia. Em casa, o torcedor tem fotos e autógrafos com o atual técnico alviverde.
- Foi meu primeiro ídolo. Quando voltei a frequentar o estádio em 2002 foi bem a época que ele chegou no Coxa. Acompanhei a trajetória até ele sair, mesmo em outros clubes, como na Arábia. Fiquei nervoso quando ele assumiu como técnico, por ele ser meu ídolo e acabar manchando. Mas acho que não vai acontecer, ele teve coragem - ressaltou.
Fonte:Globo Esporte