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Medicamento para hiperatividade esta em falta
Medicamento para hiperatividade esta em falta

21-03-2013/09:41:21

Medicamento para hiperatividade está em falta no Paraná.
Laboratório diz que o medicamento deve ser distribuído até o fim de abril. Ritalina é receitada principalmente para crianças que sofrem da doença.

Incêndio em laboratório é uma das causas apontadas pela fabricante para a falta do remédio (Foto: TV Globo/Reprodução)

Pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) podem ficar sem o medicamento Ritalina, necessário para evitar a manifestação da doença. De acordo com o laboratório fabricante, Novartis, o medicamento de 10mg está em falta nas redes de farmácias de várias cidades do Paraná e também, do Brasil. Segundo a empresa, a distribuição da mercadoria será normalizada até o fim de abril.

O Laboratório Novartis confirmou a lacuna na distribuição do medicamento. Segundo a empresa, a falha aconteceu por causa de um incêndio em parte de um dos laboratórios, em Taboão da Serra, em São Paulo. Mas o principal problema, de acordo com a Novartis, está no atraso nas autorizações de importação do princípio ativo, o metilfenidato.

A professora Denise Maria Machado Corrêa, de Ponta Grossa, no interior do Paraná, tem um filho de seis anos com o diagnóstico de hiperatividade desde 2010. De acordo com a professora, só agora Bruno atingiu a idade para tomar a Ritalina receitada pelo médico. "Procurei nas principais farmácias de Ponta Grossa, não encontrei e nem os farmacêuticos souberam explicar o motivo", explica.

G1 entrou em contato com duas redes de farmácias do país, com lojas no Paraná, para saber sobre a falta da Ritalina 10 mg. A Droga Raia informou que está há um mês sem o remédio em todas as lojas pelo Brasil e que o laboratório não deu explicações sobre a falta. O mesmo caso foi comunicado pelas Drogarias Nissei, que não recebem a mercadoria há mais de um mês.

A Farmácia Popular, do Ministério da Saúde, e a Farmácia Especial, da Secretaria Estadual do Paraná não possuem Ritalina na lista de medicamentos.

Segundo o neurologista Paulo Rogério Mudrovitsch Bittencourt, o remédio pode ser substituído, mas depende de avaliação caso a caso. "A recomendação é de que o paciente procure o seu médico para que ele indique outro medicamento e dê a orientação correta", aconselha. O neurologista ainda conta que a falta do remédio pode causar abstinência e depois, o paciente precisa passar novamente por um período de adaptação.

A professora Denise conta que o filho não pode ficar sem o remédio, principalmente, quando vai para a escola. "Se ele não toma, fica irritado, chora, fala que todo mundo o persegue e acaba incomodando os coleguinhas", diz a mãe preocupada com a situação.  Denise sabe o que fazer quando o remédio acabar. "Ele vai ficar sem até que chegue, porque não tem substituição. Aí quando baixar o nível no organismo vai ser complicado de lidar", lamenta.

Entenda a doença
O TDAH é um dos transtornos neurológicos do comportamento mais comum da infância, que afeta de 8 a 12% das crianças no mundo. De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, em 2007, considerou-se que aproximadamente 9,5% (5,4 milhões) de crianças e adolescentes americanos de 4 a 17 anos tinham TDAH.

O diagnóstico do TDAH é complicado pela ocorrência de comorbidades, como dificuldades de aprendizagem, transtornos de conduta e de ansiedade, e depende fortemente de relatos dos pais e professores; nenhum exame laboratorial confiável prevê esse tipo de problema. As crianças com TDAH têm dificuldade de prestar atenção, controlar comportamentos impulsivos e, em alguns casos, são hiperativas.

Aumento no consumo
Em dezembro de 2012, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um levantamento sobre o consumo de metilfenidato no Brasil de 2009 a 2011. O uso do medicamento no Paraná, nesses três anos, cresceu 65,4%. O estado foi um dos que mais tiveram aumento em todo o Brasil. Só em Curitiba, o consumo subiu 33,44%.

No Brasil, o estudo apontou um aumento de 75% em crianças com idade de 6 a 16 anos. Em 2009, foram comercializadas 557.588 caixas do medicamento em todo o país, para todas as faixas etárias. Em 2011, foram vendidas 1.212.850 caixas do produto. Os resultados integram o Boletim de Farmacoepidemiologia da Anvisa.

Fonte:G1/PR