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Premiados Kleber e Barcos
Premiados Kleber e Barcos

Premiados, Kleber e Barcos retomam parceria no 'maior clássico do Brasil'

Atacantes recebem em mãos troféu Armando Nogueira e esperam repetir sucesso no Gre-Nal de domingo, em Caxias do Sul, pelo Brasileirão

Kleber e Barcos mostram troféus com orgulho (Foto: Editoria de Arte/Globoesporte.com)

Basta falar com Kleber e Barcos para entender como a dupla de ataque consegue ser uma das fiadoras da boa campanha do Grêmio no Brasileirão. Não só pelos quase 40% dos gols marcados pela equipe, mas pela importância deles em campo. Em abrir mão do ataque para cumprir as ordens táticas de Renato Gaúcho. Dar o primeiro combate na marcação. Colocar o coletivo à frente do individual. E, mesmo assim, sem perder o brilho capaz de render prêmio por melhor atuação. Tudo isso será retomado no Gre-Nal 398, domingo, às 16h, em Caxias do Sul, "o maior clássico do Brasil", na avaliação dos dois.

Ambos têm margem de comparação no país para definir o embate gaúcho como o "maior". O camisa 30 defendeu São Paulo, Cruzeiro e Palmeiras. O Pirata, o Verdão. Viveram confrontos com Santos e Corinthians e Altético-MG, portanto.

- É um jogo especial e diferente. Muita gente diz ser o maior clássico do Brasil. Para mim, também é. E um dos maiores do mundo. É legal. Mexe com a torcida, com o estado, é um campeonato dentro de um campeonato. Joguei em Belo Horizonte e Cruzeiro x Atlético-MG é um clássico grande, mas, Minas, na divisa, tem quem torça por paulistas. Aqui, não. É Grêmio ou Inter. Sem dúvida nenhuma. Você sai na rua, e colorado provoca, gremista dá força… Isso é muito legal, isso me faz acreditar que é o maior clássico do Brasil e um dos maiores do mundo - disse Kleber, natural de Osasco.

Barcos, argentino, cresceu em Bell Ville. Defendeu o Racing, então, conhece a rivalidade com o Independiente. E, completamente adaptado a Porto Alegre, dá a sua opinião:

- Aqui tem só dois times. Fica mais polarizado. É um ou outro. Não tem meio termo. O colorado e o gremista falam com os jogadores na rua. Brincam, dão apoio. É algo normal. Eu gosto. Nunca tive problemas, nunca soube de violência, o que acontece em outros lugares.

Ausente por suspensão contra o Corinthians, o Gladiador voltará a formar dupla com o Pirata. Reeditarão uma sintonia que existe fora de campo. Sempre estão juntos na concentração. Nos treinos.

O pensamento parecido reflete a união. Algo que os dois atribuem a Renato. E que, se levado ao pé da letra, é visto em campo. Kleber ganhou o Troféu Armando Nogueira pela atuação contra a Portuguesa – vitória por 3 a 2, na qual marcou um gol e deu uma assistência. Barcos foi homenageado pelos dois gols diante do Vasco. E, ao receberem a mini estátua do jornalista, quarta e quinta-feira, respectivamente, claro, tiveram a mesma reação.

- Eu nem sabia que a gente ganhava um troféu. Se soubesse antes… tinha me esforçado mais (risos). Vamos ver se conseguiremos vencer mais (o Armandão). Não tenho espaço, mas vou arrumar em casa. Tenho que cuidar que acho que ela (Giovanna, filha de três anos) vai meter a mão - brinca Kleber.

- Gostei do reconhecimento. É legal ser premiado. É bonito o troféu. Tomara que possa ganhar outros, mas me preocupo mais em ajudar o Grêmio a ganhar – completa Barcos.

Tudo isso tem não só um dedo, mas toda a mão de Renato. É incrível como os dois jogadores não poupam elogios ao treinador. Primeiro, Kleber:

- Ele deu importância para o grupo todo. Vimos que ia jogar quem realmente estava melhor. Fez com que todo mundo se dedicasse ainda mais aos treinos. Tem que ser assim, se não o grupo não anda. É preciso ter disputa de posição, a competitividade. Praticamente, todos os jogadores já jogaram com ele. E, claro, cada um tem que aproveitar da melhor maneira possível.

E Barcos?

- Renato uniu o grupo para o bem do Grêmio. Há muita diferença. Ele sabe conduzir as coisas bem, e os jogadores entenderam. O sucesso mostra que deu certo - avalia o argentino, que, na quarta passada, encerrou um jejum de nove jogos sem marcar.

Por falar em gols, os dois adotam o mesmo discurso ao falar em balançar as redes no Gre-Nal. Kleber fez um em quatro clássicos. Barcos, um no único que atuou, o último, 4 de agosto, na Arena. Dizem que é um ‘sentimento diferente’, mas pregam a atuação coletiva. Como o Grêmio de Renato, que eles tanto elogiam e os ajudou a ser uma dupla premiada.

Fonte:Globo Esporte