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Laudo de incêndio quimico continua sem conclusão
Laudo de incêndio quimico continua sem conclusão

24-10-2013/08:20:17

Após um mês, laudos de incêndio químico continuam sem conclusão

Incidente em São Francisco do Sul completa um mês nesta quarta (24).
IGP, Polícia Federal, Polícia Civil, Fatma e Ibama investigam o caso.

Galpão foi tomado pela fumaça (Foto: Prefeitura São Francisco do Sul/Divulgação)

Um mês após o incêndio que originou a fumaça tóxica em São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, os laudos que devem apontar as causas do acidente ainda não foram concluídos. O incidente completa 30 dias nesta quarta-feira (24). Os técnicos do Instituto Geral de Perícias (IGP), que investigam o caso de modo paralelo à Polícia Federal de Joinville, trabalham com duas hipóteses: aquecimento do material e reação causada por contaminação.

O fogo começou no final da noite de 24 de setembro, em um armazém com mais de 10 mil toneladas de fertilizantes, e produziu uma reação química que se alastrou rapidamente (veja vídeo ao lado). Parte da população, sobretudo a comunidade que residia em áreas próximas ao galpão, precisou deixar a cidade. A nuvem gigante de fumaça chegou a ser vista em uma imagem em alta definição da Nasa. A fumaça só foi controlada após quase 60 horas de trabalho das equipes. O governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, decretou situação de emergência.

A PF de Joinville, que abriu inquérito em 30 de setembro para apurar o incêndio químico, informou que aguarda o laudo do IGP para dar andamento às investigações. A equipe do setor técnico-administrativo (Setec) da polícia analisa os possíveis danos ambientais e diz que não há prazo de conclusão do caso. No produto, havia nitrato de amônio, substância considerada tóxica. Água e ar foram coletados para análise.

A Polícia Civil também investiga, no âmbito criminal, se houve danos ao meio ambiente. De acordo com o delegado Leandro Lopes de Almeida, ainda não há prazo de finalização do inquérito. "O processo é bastante complexo. Estamos no aguardo do laudo do IGP, mas não podemos dar muitas informações porque as investigações ocorrem em sigilo", disse.

Órgãos ambientais como a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) também calculam os danos. Caso o inquérito indique a ocorrência de prejuízos ambientais, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) deve ajuizar ação civil pública para e responsabilizar os principais envolvidos no incêndio químico.

A maior parte dos 47,5 mil habitantes deixou São Francisco do Sul devido ao incêndio. Ao todo, 13 bairros foram atingidos. A família da dona de casa Eleonora Viscoski, que mora a menos de um quilômetro do armazém, teve que sair na noite do incidente. "Meu marido pegou a chave do carro e saímos rápido, sem levar nada de casa", contou. Ela disse que sofreu problemas na garganta, mas não procurou o hospital porque considerou grave.

Moradores dos bairros Paulas e Ubatuba, no entorno do galpão, buscam compensar na Justiça o transtorno provocado pela fumaça tóxica. Segundo o presidente da Associação de Moradores do Portinho, Geovane Gonçalves, moradores entraram com ações coletivas por danos materias e morais contra os proprietários do depósito e do produto químico.

Pelo menos 157 pessoas foram hospitalizadas após inalarem a fumaça. O bombeiro voluntário David Marcelino, de 59 anos, que trabalhou no combate ao incêndio, está internado a quase um mês. Na última segunda (21), ele recebeu alta da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Regional de Joinville.

Instrução normativa
Na empresa onde ocorreu o incidente, o trabalho é realizado normalmente, apenas o galpão, de onde saía a fumaça, continua interditado. O gerente de Desenvolvimento Ambiental da Fatma, José Paulo Cabral Vicente, afirmou que a companhia será notificada com um auto de infração, mas as demais penalidade deverão ser feitas depois da conclusão do laudo.

A preocupação agora é evitar novos acidentes. A Fatma estuda a criação de uma instrução normativa para estipular critérios específicos para a emissão de licenças ambientais para os depósitos de fertilizantes em todo o estado. Além disso, um acordo com a Direção do Porto local vai permitir que a Prefeitura de São Francisco do Sul tenha acesso às informações sobre as cargas que entram na cidade.

"Vamos ter acesso ao tipo de carga, quando ela vai chegar, para onde ela vai e se é um produto perigoso, por exemplo", explicou o secretário Municipal de Meio Ambiente, Eni Voltolini. Após o incidente, 32 galpões que funcionam na cidade foram vistoriados, mas nenhum precisou ser embargado.

Fonte:G1