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Cabeça
Cabeça

06-11-2012/08:17:34

Marquinhos conta que evolução do Coritiba está na cabeça dos atletas

O treinador lembra que encontrou uma equipe muito preocupada com o rebaixamento e precisou mudar a mentalidade no elenco

foto/divulgação/CoritibaApós doze jogos, o técnico Marquinhos Santos alavancou o Coritiba no segundo turno e o clube deixou de ser candidato ao rebaixamento, para a terceira melhor campanha da atual fase. Desempenho que foi premiado com uma vitória sobre o Atlético-MG, enterrando as chances da equipe alcançar o Fluminense, líder do Brasileirão.

Além de mudar o padrão de jogo, dar mais liberdade para um quarteto ofensivo e passar a contar com o atacante Deivid como homem de referência, o novo treinador coxa-branca precisou entrar mais a fundo no psicológico do time alviverde.

A campanha de 2012 caminhava a passos largos para repetir o trauma do rebaixamento de 2009 e a situação abalou os jogadores. Sem confiança, o time acumulava problemas e apresentava erros coletivos e individuais.

Muita conversa e a confiança através de Tcheco

Marquinhos detectou o problema e montou uma força-tarefa para mudar o ânimo dos jogadores. Como braço direito da missão, o escalado foi o ex-jogador Tcheco, que pouco tempo antes era o capitão do time em campo.

- O Tcheco pela experiência e liderança de ter atuado com o time durante o ano, conhece cada um e isso faz a diferença no momento que precisamos conversar com cada jogador. Nem todos devemos falar da mesma maneira. Alguns podemos falar com uma cobrança mais árdua, outros correspondem pior assim. Pelo curto período de tempo, eu procurei conhecer cada um e pedir uma opinião do Tcheco para passar as informações e trabalhar a questão mental de cada um - relata, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.

O novo técnico mapeou cada estilo de jogador e puxou um por um para uma conversa particular. Além das reuniões no vestiário, Marquinhos conta que fez questão de dedicar mais tempo para aprender sobre os novos comandados e achar a principal característica de cada atleta.

- O dia a dia, o trabalho e as conversas individuais com todos os atletas  sem desmerecer ninguém e tratando todo mundo da mesma forma, além de usar a mesma linguagem com todos. Acho que isso foi um fator primordial para poder desenvolver o trabalho e, em tão pouco tempo, colher os frutos.

A intenção era acabar com o temor de queda e instalar a confiança do grupo, para aflorar o potencial de cada um. Com o foco em dia, o caminho ficou aberto para Marquinhos implantar o novo jeito coxa-branca de entrar em campo, com leveza e sem se preocupar com o volume no ataque.

- Desde o meu primeiro contato, o grupo se demonstrou unido e disposto, mas estavam um pouco preocupados demais. Naquele momento não cabia ainda. Tinha muitas rodadas ainda para se definir a competição e e eles estavam com um clima muito tenso, em função dos maus resultados. Quando nós chegamos, passamos tranquilidade para o grupo e colocamos o que deveria ser feito para melhor na competição. Eles aceitaram e, aos poucos, foi condicionando uma mentalidade vencedora, que motivou todo o grupo.

Cabeça boa e futebol ofensivo

Com a parte emocional em dia, Marquinhos conseguiu implantar a tão comentada filosofia dele, que dá para traduzir em um futebol ofensivo a todo o momento, com marcação adiantada e abusando das jogadas laterais.

- Minha maneira de trabalhar é muito parecida com a do Ney (Franco, técnico do São Paulo e que Santos trabalhou nas categorias de base da Seleção Brasileira), dentro e fora de campo. Isso fez com que os atletas tivessem confiança no trabalho e no que passei. Nas situações que eram colocadas, eles viam os caminhos para a vitória e para a derrota. Situações apontadas e que aconteciam. Isso criou uma confiança maior. A partir daí, dei mais liberdade para eles discutirem e desenvolverem um trabalho mais ofensivo - completa.

Em doze jogos no comando do Coritiba, Marquinhos Santos conquistou sete vitórias, dois empates e três derrotas. O total de aproveitamento do treinador no Campeonato Brasileiro é de 63,8% - segundo melhor marca individual de um técnico, perdendo apenas para o tricolor Abel Braga.

Antes de encerrar o Campeonato Brasileiro, o Coritiba ainda enfrenta quatro adversários que também não têm muitos objetivos na competição: Corinthians, Vasco, Cruzeiro e Figueirense. Mesmo assim, o objetivo é terminar entre os dez melhores e conquistar a melhor campanha do segundo turno. O jogo contra o Timão será no sábado, às 21h (de Brasília), no Pacaembu.

Globo Esporte