22-01-2014/14:34:18
Imóveis com criadouros da dengue serão multados em Marechal Rondon
Medida tem objetivo de reduzir os índices de infestação do Aedes aegypti.
De cada 100 domicílios, 11 apresentam larvas do transmissor da doença.
|
Com índice de infestação do mosquito transmissor da dengue onze vezes acima do normal,Marechal Cândido Rondon, no oeste do Paraná, é um dos municípios do estado com o maior risco de epidemia da doença. O último levantamento mostra que a taxa é de 11,01%, ou seja, para cada grupo de 100 domicílios e estabelecimentos comerciais em ao menos 11 tinham focos do Aedes aegypti. Em 2013, o índice chegou a 13%. Uma das novas alternativas para reduzir as taxas será a aplicação de multas a proprietários de imóveis onde forem encontradas larvas do transmissor.
A ação de preventiva está prevista na lei nº 4.613, de dezembro de 2013, que institui o Programa Municipal de Combate e Prevenção à Dengue. A punição para os moradores que descumprirem as obrigações vão de leves a gravíssimas, conforme o número de focos de mosquitos encontrados. Os valores das multas variam de R$ 122,60 a R$ 1.226. Na primeira notificação, o proprietário do imóvel tem até 48 horas para regularizar a situação. A previsão é de que as vistorias comecem ainda no início de fevereiro.
“As pessoas que cumprem com suas obrigações, mantendo suas residências e empresas livres de possíveis criadouros do mosquito não podem ser penalizadas com a doença pelas pessoas relapsas. Por isso, aqueles que não cumprirem a lei serão penalizados”, apontou o vice-prefeito, Silvestre Cottica. “A lei é clara e aponta os deveres de cada um. Grande parte da população já entendeu o grande problema que é a dengue, porém, algumas pessoas ainda não. O índice de infestação está alto. Este número precisa ser reduzido”, completou Vera Lehr, do setor de Epidemiologia.
O último boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), na terça-feira (21) mostra que, de agosto de 2013 até 20 de janeiro de 2014, houve 501 casos de dengue confirmados em todo o estado e uma morte por febre hemorrágica. Primeira vítima fatal era farmacêutica em Nova Londrina, no noroeste, e morreu no início de janeiro. As regiões norte, noroeste e oeste do Paraná estão em estado de alerta pelo número de pessoas infectadas. Em Marechal Cândido Rondon, foram nove notificações e duas confirmações no mesmo período, contra mais de 280 no primeiro semestre.
A Sesa informou ainda que, em cinco meses, 9.565 casos foram notificados no estado, mas 45% deles, ou seja, 4.305, ainda estão sob investigação. As cidades com o maior número de casos notificados são Londrina, com 2.057, Foz do Iguaçu, com 774, Cambé, com 522, e Ibiporã, com 302. Já as cidades com o maior número de confirmações são Nova Londrina, com 84 casos, Maringá, com 65, Londrina, com 53, e Alvorada do Sul, com 40. O boletim completo está disponível na internet.
Fonte:G1/PR