06-09-2013/10:49:43

Gols de D'Ale viram amuleto, e Inter não perde quando o gringo marca

Argentino ainda apresenta 100% de aproveitamento quando faz gols de falta pelo Colorado, caso da vitória sobre o Corinthians, na quarta

D'Alessandro é o pensador, quem cadencia o jogo e municia os atacantes colorados. É também a referência técnica da equipe e “termômetro”. Se ele está bem, o Inter vai bem. Se não está em um dia inspirado, a produção do time cai. Suas funções não se encerram aí. Há ainda um lado místico por trás do camisa 10 que, neste ano de 2013, virou artilheiro. Já soma 13 gols, perdendo apenas para Diego Forlán, que tem 17. Desde que chegou ao Beira-Rio, sempre quando marcou, o Colorado nunca perdeu. E, se tem gol de falta, é certeza dos três pontos na conta.

Diante do Corinthians, na noite da última quarta-feira, mais uma vez, a faceta talismã de "El Cabezón" esteve presente. Aos oito minutos do segundo tempo, o camisa 10 cobrou falta da direita. A bola desviou em Romarinho e foi no ângulo esquerdo de Danilo Fernandes. Resultado: vitória por 1 a 0 e fim da incômoda sequência de sete partidas sem triunfo dos gaúchos pelo Brasileirão.

O tento contra o Corinthians foi o seu oitavo em uma falta. Assim como ocorreu com os paulistas, nas outras sete oportunidades o Inter saiu com os três pontos.

No geral, o aproveitamento também impressiona. Ou seja, qualquer tipo de gol que D'Ale faça redunda em ao menos um empate do Colorado. Marcou 52 vezes em 48 jogos (ele tem 230 partidas pelo clube), com 41 vitórias e sete empates.

A história quase foi quebrada em seu gol 51. No dia 25 de agosto, o argentino abriu o placar contra o Goiás aos 27 minutos do primeiro tempo. Porém, viu a equipe sofrer a virada. O empate só saiu aos 40 minutos da segunda etapa, quando Leandro Damião deixou a partida em 3 a 3.

Se o lado místico infla a estima dos colorados, a importância do camisa 10 ao time fica cada vez mais latente. O armador é o capitão do Inter, principal liderança do vestiário e homem de confiança de Dunga. Além da questão interna, os números, novamente, o referendam.

Das 43 partidas realizadas pelos gaúchos em 2013 (sem contar as duas disputadas pelo sub-23 no Gauchão - empate em 1 a 1 com o Passo Fundo e vitória por 2 a 1 sobre o Cerâmica - e o triunfo por 2 a 1 no amistoso com o Cerro, do Uruguai), D’Ale só não atuou em seis. E em nenhuma delas a equipe saiu com a vitória. Foram quatro empates e duas derrotas, o que dá um desempenho de pífios 22,22%. Só para se ter uma ideia - apesar de os números do Colorado serem em todas as competições do ano -, apenas o Náutico, com 15,7% tem aproveitamento pior no Brasileirão. 

A disparidade é tão grande que, quando Dunga conta com o seu camisa 10, o rendimento alcança 72,97% (o Cruzeiro, líder do nacional, tem 68,5%). São 37 jogos, com 23 vitórias, 12 empates e apenas duas derrotas (além dos 13 gols, já contribuiu com nove assistências, sendo o líder no quesito do time). No total – sem o amistoso -, o Inter disputou na atual temporada 43 partidas, com 23 triunfos, 16 igualdades e quatro revezes, o que dá um rendimento de 65,89%.

Os colorados torcem para que El Cabezón mantenha o nível de atuações para o restante de 2013. Neste sábado, ele é presença confirmada contra a Ponte Preta, na luta da equipe para conquistar a segunda vitória consecutiva no Brasileirão.

Fonte:Globo Esporte